Segundo os espíritas, J. W. Rochester é o espírito cujos textos são psicografados pela médium russa Vera Kryzhanovskaia, de 1885 a 1917, e o autor espiritual de vários livros.
A médium psicografou 51 romances assinados por Rochester, muitos deles traduzidos para o português e, atualmente no Brasil, publicados pela Editora do Conhecimento, a FEB, a Lake, o Correio Fraterno, a Lumen e a Boa Nova.
Os romances englobam variados períodos históricos, desde a Assíria, passando pelo Egito, Pompéia, Roma, a Grécia da Idade Antiga, a Europa da Idade Média, a França da Renascença e de Luís XI de França, além de cenários dos primórdios do século XX.
No Brasil, o médium espiritualista Jan Val Ellam alega ter transmitido recados espirituais atribuídos a Rochester, presentes em Muito Além do Horizonte e Nos Bastidores da Luz, v. 1 e 2, ambos da Zian Editora.
Autor espiritual de dezenas de romances, a maior parte disponível para o grande público brasileiro espírita e não espírita, J. W. Rochester vem surpreendendo e confirmando cada vez mais sua capacidade. Este romance A Feira dos Casamentos, é claramente uma obra que marca, de maneira contundente, a sua assinatura e o seu brilhantismo.
Ao lidar com temas como o amor e o ódio, sobretudo, de forma tão sensível e perspicaz, J. W. Rochester nos faz ver os interesses que cercam o casamento, as intrigas que se vinculam, muitas vezes, a essa decisão, os impasses, as mágoas, os afetos e as grandes amizades…Enfim, seus personagens nos fazem guiar por seus sentimentos, numa ambiência tão distante, pelos lugares e tempos descritos, mas tão próxima de nós, leitoras e leitores, envolvidos na trama que atinge profundamente o coração na sua razão de ser e viver.
O CONDE ROCHESTER, John Wilmot Rochester, nasceu na Inglaterra em, 1. º de abril de 1647, filho de Henry Wilmot e Anne. Era um homem belo, vaidoso, inteligente e extremamente conquistador. Dominava as pessoas, principalmente, as mulheres que se tornavam presas fáceis aos seus interesses. Conviveu com os literatos de seu tempo e tornou-se um mestre satírico, cujos versos apimentados e obscenos atacavam as autoridades e a sociedade, com humor e elegância. Ninguém escapava da sua critica mordaz, nem o próprio Rei que tanto o auxiliava.
Muito jovem, adquiriu o título de Master of Arts, pela Universidade de Oxford. Ansioso por estender seu círculo de amigos, viajou para a França. Casou-se aos vinte anos com a srta. Elizabeth Mallet com quem teve quatro filhos.
Entregou-se às rodas frívolas e às orgias, embrenhou pelos tristes caminhos do alcoolismo e desregramento sexual. A sociedade bajuladora amoleceu seu caráter. Tornou-se devasso, entregue aos prazeres da carne e ao mulherio que o assediava; O grande sedutor foi seduzido por suas vítimas.
Este espírito querido que nos relata alguns vislumbres do plano astral, sendo muitas vezes incompreendido, foi um dos autores que mais difundiu o Espiritismo entre leitores de livros profanos. Seus livros são verdadeiros best-sellers nas prateleiras das livrarias.
Rochester não somente escreveu narrativas pitorescas, mas descortinou a História e criticou os historiadores, fazendo um paralelo entre o mundo visível e o mundo invisível, porque é do mundo invisível que ele trás o segredo do universo.
Escreveu através da médium russa Wera Krijanowskaia romances de excelente qualidade e importância para o meio Espírita, livros que foram editados por diversas editoras, inclusive a Federação Espírita Brasileira, do Rio de Janeiro.
Os estudos sobre a obra do Conde Rochester nos leva a refletir sobre as sábias palavras de Chico Xavier: “Rochester ainda não escreveu toda a verdade”.
Nova etapa do conde Roschester
Este espírito audacioso e forte ainda continuou suas narrativas, desvendando encarnações de espíritos ligados a ele, e que repetiriam encarnações muitas vezes dolorosas e difíceis.
Certo dia, ele se aproximou de mim e começou a me dizer coisas em idioma ininteligível e a escrever caracteres russos, hieroglíficos e outros sinais, numa forte demonstração de sua presença. Passei uma madrugada em sua companhia e ele conseguiu me desbloquear a mente e dizer, enfim: “Sou o Conde Rochester”.
Compreendi o que ele desejava de mim e aceitei que escrevesse.
CORNÉLIUS, O CENTURIÃO QUE VIU JESUS
Depois de setenta anos de desencarne da médium Wera, ou seja, em 1994, ele retornou a escrever, buscando estabelecer o elo de suas caras afeições e, Jesus, em sua infinita misericórdia, nos permitiu relatar a vida de Cornélius, o centurião que presidiu a sua crucificação.
Este livro nasceu, certo dia, em casa de Chico Xavier, quando o querido médium começou a nos relatar os padecimentos que foram impostos ao Mestre durante a sua crucificação e, naquele momento sublime para meu pobre espírito, Rochester aproximou-se e pediu-me que anotasse tudo que ouvia do médium de Uberaba.
Em “Cornélius, o Centurião que viu Jesus”, Rochester, através de nossa mediunidade, narrou, detalhadamente, a passagem do eremita, sanando uma falha que ficou nos tesouros de suas informações espirituais, retratando-se perante o grande espírito que o acolheu como filho e o ensinou a amar profundamente a Jesus. Essa convivência foi tão auspiciosa naquela época recuada da antiga Galiléia que Rochester vergou-se, finalmente, ao amor e a fé do centurião e prometeu a si mesmo que o auxiliaria na divulgação do Espiritismo.
JERÔNIMO MENDONÇA E ROCHESTER
O nosso querido amigo Jerônimo Mendonça Ribeiro, que nasceu, viveu e desencarnou em Ituiutaba, minha terra natal, foi personagem de Rochester em vários livros, sendo o infeliz príncipe Horemseb, no Romance de uma Rainha. Este fato foi revelado pela mediunidade gloriosa do irmão Francisco Candido Xavier que amava muito o saudoso Jerônimo e sofria ao vê-lo se debatendo com problemas cruciais de existência, preso ao leito ortopédico. Falar-lhe de seu passado, também, seria uma explicação justa para os problemas de sua última encarnação.
Rochester escreveu através da médium Wera, cerca de oitenta obras entre folhetos e romances. Com o desencarne da médium, em 29 de dezembro de 1924, em plena miséria. Seu trabalho ficou interrompido até 1994 com a publicação de “Cornélius o Centurião que viu Jesus”.
Os livros de Rochester através da médium Maria Gertrudes, de Ituiutaba, MG são:
Cornélius, o centurião que viu Jesus, 1997, Lírio Editora Espírita – Araguari, MG.
Alma de minh´alma, 1999, Instituto de Difusão Espírita – Araras, SP.
Algemas Douradas, 2002, Lírio Editora Espírita - Araguari, MG.
O Enigma, 2003, Instituto de Difusão Espírita – Araras, SP.
Todo o trabalho da médium é revertido para a obra da construção e funcionamento da Fundação Espírita Jerônimo Mendonça em Ituiutaba, cujo lema é:
“Eduquemos o jovem através da Arte com Jesus e transformaremos as prisões em museus”.
Maiores detalhes de seu trabalho psicopictoriógrafico e piscográfico estão no site:
www.fejm.com.br